quinta-feira, 25 de julho de 2013

Resposta

Vínicius, também acho a vida boa.
E toda minha felicidade, um sonho.

Agradeço por ter esse amor tão puro...
e se vibro ou choro, é por ele.

Posso afirmar que o amo.
Tenho o que preciso para ser feliz.

E se roubo versos da tua Dialética
é porque você me retratou.

Tal como você, possuo tudo:
“mas acontece que eu também sou triste.”



COMO FAZER POESIA?

O leite ferve...
A inspiração brota.
E se falo de teus olhos,
O nenén chora.

Como fazer poesia ,
se nem preguei o botão ainda?
Se o almoço está cru?

Enquanto digo: nunca te esqueci
o arroz  queima .

Enquanto isso a vida passa
Você me esquece...
E fogem as rimas .

E só consigo deixar no papel,

uma  lágrima .

BETE GUERREIRA


Nasceu fruto de um amor fugaz...
Menina, cresceu prematura.
Criança adulta,
                  A vida assim quis.

Bete guerreira se fez....
Mulher de fibra...
Mulher de briga...
Se deu
Perdeu,
mas venceu.
Teve uma princesa, Daiane,
                        sem trono.

Veio também a morena que briga,
mas quer vestidos de renda!

Veio também o pequeno príncipe,
Quer ser peão:
“__Mãe, compa um cavalo pa mim?”

Bete teve um,um amor...
Hoje, tem dor.
Seu coração é mármore...
Às vezes é flor...
Mas não chora.
Sorri.
A vida é assim...
          sem rima.
Bete guerreira...
         Que dribla  a vida...
          Que apesar dos pesares,
                                       Vibra!

BETE

            Que fibra!!!
O VIOLEIRO


A  noite é “santa”...
Sexta feira maior...
Numa mesa, um violeiro toca...
Me envolve...
Me provoca...
Não é noite pra bailar...
É dia de guardar...e guardei:
Guardei teus olhos...
Teu canto ...
Teu encanto.
E o violeiro toca...
Me desfaço de rezas,
Mas rezo pra nao notarem
Que o violeiro canta e me encanta.
Sua musica é prece...
Me aquece.
Me vence.
Chego a sonhar que cessa a busca...
Mas sigo.
E o violeiro fica,
Mas não comigo.





A LENDA
Diz uma velha lenda de um povoado
Que ele era peão.
(Ainda acho que era anjo)
Tinha olhos castanhos ...
Cabelos  encaracolados ... .e era  o meu sol.
Vinha sempre à arena num cavalo branco...
Ganhava mil suspiros...
Ganhava mil aplausos...
E sempre dava uma flor para uma menina triste.
Passava numa rua sempre...
...em frente a um casebre.
A menina triste o olhava...
...e lhe escrevia versos.
Ele, calado, seguia.
O peão correu o mundo...
Ganhou todos os prêmios ...
(quase todos.)
Um dia casou-se com uma princesa,
Tinha olhos claros e cabelos dourados.
Era miss.
A janela do casebre ,então, fechou-se.
A menina triste sumiu.
 (Dizem que hoje ele ainda a procura nos rodeios da vida.)
A menina virou poetisa.
Seu coração virou deserto.
Casou-se  com o luar...
E nas madrugadas, em guardanapos de bar...
Em qualquer bar...
Ainda é possível vê-la, sob uma luz fosca...
Num canto
Escrevendo poemas ...

                                    Pra ele.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O CÉU ME DEVE UM DIÁLOGO


O céu me deve um diálogo,
uma explicação ...
um porquê.
Não se deixa uma filha órfã...
                  Só...
                  Per
di
    da.

O céu me deve um diálogo,
não se  leva uma mãe,
sem motivo...
sem razão...

Mas o céu está omisso !
As nuvens me observam,
silenciosas... não dizem nada!

DEUS, socorro!
Como é que vou seguir sozinha
                     Nesta estrada?!



                                                     LOUCURA



                                            
De onde vem essa saudade,
que chega em noites geladas
e invade a casa...?
De onde vem essa lembrança,
que de vítima me faz suspeita?
De onde vem essa loucura insana ,
que chega ,arrebata ,
me tira o sono,
e me faz poeta na madrugada?
De onde será essa saudade incerta...
Essa porta  de passado aberta...
...trazendo  flashes  de dor adormecida ?
Por que essa ferida  doendo  tanto,
essa saudade doentia,
de quem tirou de mim todo o encanto...
minha  alegria
e emudeceu  de vez minha poesia?